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sábado, 13 de março de 2010

Exame Psicotécnico... E agora!!!???

Atitudes para com o Exame Psicotécnico


Como não se lê ou se estuda para fazer o psicotécnico. Isto provoca a sensação paralisante de impotência, pois não se sabe o que irá executar. O indivíduo fica se perguntando sobre o que é preciso que ele faça para conseguir a vaga. Aqui não tem nem como se autoflagelar com mensagens de torturas dos tipos: “Eu devia ter estudado mais”; “Não levei meus estudos a sério, brinquei muito nas aulas”; “Aqueles professores era um bando de incompetentes, nem estimulavam, etc.”; “A namorada me solicitava muito, queria namorar o tempo todo”; “Eu não podia dizer não a um convite para sair com meus amigos”, etc.
O examinando não tem para quem transferir a culpa, a quem baixar o malho, crucificar. A ansiedade e o medo da não indicação ficam martelando na sua cabeça. Tudo isso, ou seja, toda essa pressão fica dentro de si, e, inevitavelmente, ele desconta nos testes: “Esse negócio de psicotécnico, é coisa de idiota”; “Ninguém nem sabe qual é o objetivo disso!”. Enfim, desenvolveu-se uma indisposição para o seu desempenho. Agora o indivíduo não é mais, apenas, vulnerável a situação, ele está raivoso, e precisa descarregar. Ambos os estados de sentimentos são prejudiciais, porque trava o fluxo de pensamento e raciocínio. E, de modo inconsciente, ele realiza essa catarse ou descarga (ou despacha, como numa ocasião se referiu um examinado), nos testes, no momento da realização do psicotécnico. Assim, não denota seu potencial de modo mais amplo, possivelmente dificulta a sua indicação, ou mesmo que seja preterido.

Quando da Realização do Psicotécnico Propriamente Dito

- Subjetividades inadequadas em relação aos testes psicológicos

Diante de uma situação ameaçadora o sujeito se contrai como meio de auto-proteção, de alerta para a fuga ou ataque, e assim, há uma vaso constrição. A energia não flui por completo porque o oxigênio está restrito a área central do corpo. E num cérebro mal oxigenado os pensamentos não terão tanta fluidez, sinuosidade. Ou terá que fazer um grande esforço que, por vezes, devido à sobrecarga ocasiona o “branco”. O famoso branco da tensão, do medo e do estresse. Somente diante de estímulo agradável, da ausência de ameaça, é que o organismo relaxa e se energiza na sua totalidade para a realização da tarefa. O ideal seria conseguir um estado emocional idêntico à seriedade e serenidade das crianças quando estão brincando. O que, sem dúvida, para ser bem realista, não é nada fácil, isto que para elas, é espontâneo.
Uma coisa é ter medo, mas não trazer cristalizadas distorções a respeito dos testes psicológicos, menos mal; outra, em não temer tanto, mas abominar psicotécnico e adjacências. Estes casos são mais complicados. Seja por medo, experiência negativa com os testes, por pré-conceito, ou informação de terceiros, a ojeriza a esse processo seletivo, se não determina, de algum modo o dispõe a um resultado não muito favorável. Mas, se a pessoa não tem saída, faz jus à adaptação de um outro adágio: “Quando você não pode com o inimigo, alie-se a ele”. Nesse caso o psicotécnico se tornou mesmo um inimigo, talvez dos mais perigosos, porque está no próprio indivíduo, na sua indisposição para realizar o psicotécnico. Pintado desse jeito, tudo parecerá ameaçador. Como qualquer gesto, até casual, do inimigo parecerá intencional para prejudicar um seu rival.
Portanto, é providencial se reprogramar, mudar o foco de visão, conceituação e, como conseqüência a percepção. E tentar pensar os testes como instrumentos, meios que levam ao seu desejado. Essa postura muda toda a energia que, agora, passa a fluir sem entreve, portanto livre das amaras da antipatia. E isto não tem nada de mistério, ou de místico, é a próprio bioenergia do indivíduo.

- Comportamentos que ajudam na realização dos testes psicológicos

a) Caso o examinado tenha alguma dúvida, não deve ficar com receio de perguntar. Esta pode ser aparentemente simples, ou sem muita importância, mas, se não for esclarecida, poderá refletir de modo desastroso no seu resultado;

b) Para se certificar que entendeu, o examinando deve dar um feedback. Dizer para o aplicador como entendeu a instrução, e pedir a sua confirmação. Exemplo: Pelo que eu entendi o senhor (a) está dizendo que é para a gente marcar nesta folha, quadrados somente dos tipos que estão neste modelo aqui em cima, é isto? A partir do que for verbalizado pelo testando, o psicólogo percebe se de fato a instrução foi compreendida. O profissional não pode ensinar ou dá dicas muito próximas das questões do teste, mas pode explicar da melhor forma possível. Ele não vai julgar o examinando devido a eventuais dificuldades de compreensão. Certamente, não haverá dúvida em todos os testes, mas uma vez que tenha, esta deverá ser comunicada antes de começar o teste. Porque, muitos testes psicológicos têm tempo marcado, e estes, uma vez iniciados não poderão ser interrompidos;

c) Toda vez que, na instrução, o psicólogo falar em termos de “maior número”, trata-se de produção, ou seja, de teste quantitativo, porém o mesmo está sempre atrelado à qualidade. Mas, somente uma grande produção não é suficiente, tem que ter também qualidade. Uma produção elevada, mas, sem qualidade não é interessante, da mesma forma que uma baixa produção, mesmo que tenha uma excelente qualidade. O esperado é produzir muito e de boa qualidade (isto não deve consistir em estranheza, pois é uma condição inerente ao capitalismo);

d) Com exceção dos testes de tempo livre que é comunicado aos examinandos, no geral o tempo não é dito. Mas, quando o aplicador falar que é curto, mas suficiente para fazer um bom número de questões, isto se evidencia que tem de trabalhar com mais rapidez e, obviamente, com mais atenção.

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