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domingo, 11 de julho de 2010

Como funcionam os grupos SWAT


Um policial sai em patrulha quando recebe uma chamada sobre uma briga doméstica. Quando chega ao local, percebe que um homem armado está mantendo a namorada como refém dentro de seu próprio apartamento. O policial chama reforços, mas quando os outros oficiais chegam eles percebem que suas armas não serão potentes o suficiente para invadir o apartamento. Eles não têm equipamentos de vigilância para ver dentro do local, o que daria informações cruciais sobre o agressor e a refém. Se o agressor começar a atirar, eles não terão coletes à prova de balas para protegê-los. Os policiais poderiam usar gás para incapacitar o agressor, mas eles não têm acesso a isso. Eles não foram treinados para arrombar o apartamento e incapacitar o agressor sem que haja o mínimo risco de machucar o refém, os oficiais ou o próprio agressor.
Felizmente, a maioria das forças policiais tem uma unidade especial com o equipamento e o treinamento necessários para resolver exatamente esse tipo de situação: são chamadas de grupo SWAT. O grupo SWAT (sigla de Special Weapons and Tactics, Armas e Táticas Especiais) é uma unidade de elite da força policial usada em situações excepcionais, que exigem maior poder de fogo ou táticas especializadas. Os oficiais de uma unidade SWAT passaram por treinamentos especiais e têm acesso a um arsenal de armamentos, blindagem e aparelhos de vigilância muito mais potentes do que os equipamentos de policiais comuns. Muitos desses equipamentos têm origem militar.
Aqui estão algumas situações que geralmente exigem o trabalho de um grupo SWAT:
·         uma prisão de alto risco - Se o policial tiver de fazer uma prisão em casa e souber que a pessoa provavelmente estará armada, ele chamará o grupo SWAT para fazer o trabalho;
·         um caso com refém - Atiradores de elite do grupo SWAT são treinados para acertar um agressor que estiver com um refém, no caso de as negociações não funcionarem;
·         uma situação de risco - Quando criminosos se escondem dentro de lugares, provavelmente com armas para atirar nos policiais ou nos cidadãos, um grupo SWAT pode invadir o local e resolver a situação;
·         um risco de vida - Se alguém precisa ser transportado e existe uma grande chance de sofrer uma tentativa de assassinato, um veículo blindado de um grupo SWAT pode protegê-lo;
·         um ataque terrorista;
·         um motim.
Acredita-se que o Departamento de Polícia de Los Angeles tenha desenvolvido o conceito da SWAT nos anos 1960. Tumultos policiais e sociais nos Estados Unidos durante essa década fizeram que a polícia percebesse que não tinha equipamentos para lidar com certas situações violentas. Os motins em Watts em 1965 e o tiroteio em 1966 na Universidade do Texas, em Austin, reforçaram o fato de que eles precisavam de equipamentos e procedimentos especiais. Daryl Gates, um policial de alto escalão em Los Angeles que se tornou chefe da polícia, normalmente recebe o crédito de ter tido a idéia de usar armas e táticas militares em unidades policiais. Isto não é verdade, mas é fato que Gates usou sua posição na força para promover a idéia das unidades SWAT. 
No início, a unidade SWAT era vista com grande ceticismo pelos policiais, políticos e até por outros funcionários. O acrônimo original, "Special Weapons Attack Team" (Grupo de Ataque com Armas Especiais), era considerado muito hostil, então Gates o modificou para "Special Weapons and Tactics". Dois incidentes fizeram que a unidade SWAT se juntasse à força policial moderna: uma situação de risco com membros do militante radical Black Panther Party em 1969 e uma situação parecida em 1974 com o Exército Simbionês de Libertação. No ano seguinte, uma série de TV chamada "S.W.A.T." ajudou a colocar a idéia da criação de um grupo SWAT na cabeça dos americanos. Unidades policiais que usavam táticas militares rapidamente se espalharam pelo país, primeiro nas grandes cidades, que têm muitas quadrilhas violentas, e depois nas pequenas cidades.
 
Hoje em dia, 90% de todas as forças policiais das cidades dos Estados Unidos com uma população de 50 mil pessoas ou mais têm algum tipo de unidade SWAT, ao passo que 70% das municipalidades menores têm alguma dessas unidades. Isso é o equivalente a 1.200 grupos SWAT nos Estados Unidos [Fonte:
 National Drug Strategy Network (em inglês)].
Recrutamento e treinos
As forças policiais fazem o recrutamento para a SWAT de diferentes maneiras. Na maioria dos casos, oficiais com experiência se oferecem para o trabalho. Se satisfazem as rigorosas exigências, são aceitos no grupo. É como entrar para uma universidade de prestígio. O desejo de fazer parte de um esquadrão de elite estimula esses oficiais a aceitarem responsabilidades e trabalhos adicionais. Outras forças consideram o trabalho da SWAT como um estágio da carreira de um oficial. Nesses departamentos, todos os policiais são obrigados a passar dois anos no grupo da SWAT. 
O treinamento dos membros da SWAT pode ser muito cansativo. Nenhuma unidade da SWAT "termina" o treinamento. Os membros devem sempre se manter em forma e ágeis para reagir a situações automaticamente. Unidades SWAT de meio período em cidades menores treinam apenas 16 horas por mês, ao passo que unidades de tempo integral treinam por muito mais tempo.
 
O programa começa com exercícios físicos. Corridas de longa distância, às vezes usando um pesado colete à prova de balas, são combinadas com flexões, abdominais, musculação e corridas de obstáculos para aumentar a agilidade. O tiro ao alvo é um outro aspecto essencial do treinamento SWAT. A maioria das unidades SWAT exige que todos os membros sejam peritos em tiro ao alvo, e muitos líderes são qualificados como treinadores. Acertar um alvo fixo e a longa distância não é o suficiente. Os membros do grupo também praticam com alvos em movimento, selecionando alvos de "criminosos" ou de "pessoas inocentes", e entram em locais ou veículos fechados atirando com muito mais precisão do que um policial comum. O treinamento inclui pistolas, escopetas e submetralhadoras. Algumas unidades da SWAT viajam até o
 Gunsite (em inglês), um local para treinamento com armas que fica em Arizona e é reconhecido mundialmente.
s grupos SWAT dependem muito de cenários próximos da realidade e de simulações. Apesar de não poderem simular exatamente como seria invadir a casa de um traficante de drogas perigoso ou como intimidar um homem armado e com um refém, esses treinamentos são muito mais eficazes do que simplesmente falar sobre essas situações. Dependendo dos recursos, os grupos podem usar simulações computadorizadas ou alvos em tamanho real. Alvos de papel, manequins ou até mesmo outros membros do grupo espalhados em casas abandonadas ou labirintos de madeira permitem que os agentes da SWAT treinem várias situações, aprendam com seus erros e tentem de novo. 
Certos membros do grupo podem fazer um treinamento mais específico. O treino avançado está disponível para
 atiradores de elite, especialistas em explosivos, especialistas em vigilância e para negociadores de reféns. A maioria dos departamentos de polícia prefere manter os negociadores e os grupos da SWAT separados, ao passo que a SWAT de Los Angeles treina todos os membros para negociação de reféns e a maior parte deles está qualificada para negociar com os suspeitos. O FBI e algumas divisões militares oferecem oportunidades de treinamento adicionais.
Os custos municipais dos grupos SWAT podem variar muito. Em uma área urbana grande, o grupo SWAT geralmente é uma unidade dedicada, que funciona 24 horas por dia e tem em média 60 oficiais. Os custos com equipamento, treinamento e equipe podem chegar a sete dígitos. Cidades menores podem ter grupos de dez pessoas que realizam as funções comuns de um policial, mas que podem agir como um grupo da SWAT quando necessário. Isso custa em torno de US$ 100 mil ou mais por ano, uma quantia significativa para uma cidade pequena. Os custos iniciais podem ser ainda maiores. 
Muitas municipalidades tiveram sucesso juntando seus recursos com os de outros países e cidades da região para formar um grupo regional da SWAT. Cada municipalidade tem alguns membros treinados e equipamentos importantes, permitindo que seja formado um grupo completo da SWAT se houver necessidade. Os subsídios federais, muitos do Departamento de Segurança Doméstica, podem ajudar as agências de polícia a pagar o treinamento e os equipamentos da SWAT.
 
Equipamentos básicos do grupo SWAT
Uma das diferenças entre o grupo da SWAT e o de oficiais de patrulhas regulares é o uso de equipamentos e armas avançadas. Os oficiais da SWAT usam coletes à prova de balas excedentes de militares e equipamentos comprados com o subsídio federal. Algumas vezes, eles compram o próprio equipamento. 
Usar um colete à prova de balas é necessário para proteção, aquecimento e liberdade de movimento. O tronco e a cabeça geralmente são protegidos por capacetes e painéis balísticos de Kevlar. Alguns coletes à prova de balas da SWAT possuem blindagem cerâmica. Para mais informações sobre diferentes tipos de coletes à prova de balas, veja
 Como funciona o colete à prova de balas.
Cada oficial da SWAT tem muita liberdade para decidir que armas usar, de acordo com sua preferência. O típico arsenal de um oficial da SWAT inclui uma arma de mão confiável e potente, uma submetralhadora e uma escopeta. Oficiais treinados como atiradores de elite possuem um fuzil com mira telescópica. Algumas escolhas populares são as armas de mão Sig Sauer P220 e P226 e armas de 9mm da Glock, Beretta ou Heckler & Koch (particularmente da "USP series"). Muitos agentes da SWAT preferem o poder de fogo mais alto da Colt calibre .45. As armas de mão são colocadas em um coldre na parte de baixo da perna, para uma sacada rápida, diferentemente dos oficiais de patrulha, que usam o coldre na cintura. 
As armas semi-automáticas usadas pelos grupos da SWAT geralmente são confiscadas de traficantes de drogas, então há uma grande variedade. As armas Uzi, AK-47 e M-16 são muito comuns, e a H&K MP-5 também é muito popular. Todas essas armas podem ser equipadas com
 silenciadores, que permitem que os oficiais acertem um suspeito e não sejam ouvidos por outros que estiverem por perto.  Existem muitos modelos de escopetas calibre .12 que são úteis para a SWAT. Os benefícios de uma escopeta são o extremo poder de fogo a curta distância e a capacidade de acertar um alvo rapidamente, sem a necessidade de mirar com precisão. As escopetas também podem ser usadas para abrir portas, e os tiros podem ser ouvidos de longe pelos suspeitos, fazendo-os sair dos esconderijos. Modelos da Remington, Benelli e Mossberg podem ser encontrados nas unidades SWAT distribuídas pelos Estados Unidos. Também é possível montar uma escopeta debaixo do cano de uma submetralhadora. As Knight Master Key S e Ciena Ultimate são armas combinadas desse tipo. 
Os grupos SWAT freqüentemente usam granadas flashbang e lançadores de granadas para incapacitar ou afugentar os desordeiros. Armas de pressão municiadas com espuma, madeira, borracha ou chumbinho machucam os suspeitos com uma chance reduzida de causar danos sérios, ao passo que o gás lacrimogêneo ou o spray de pimenta os deixa com falta de ar e provoca muita dor até que o efeito passe. Para informações detalhadas e fotos desses tipos de arma, veja
 Como funciona o controle de motins (em inglês). 
Os atiradores da polícia preferem os fuzis de precisão. Muitos utilizam fuzis de caça modificados para o uso policial, ao passo que outros importam fuzis europeus. O
 Laser e os visores também podem ser usados. Há apenas uma restrição: os fuzis militares calibre .50 têm uso policial limitado. Eles são tão potentes que um tiro pode facilmente atravessar o suspeito (ou até uma parede) e atingir um refém ou outra pessoa. 
A maioria dos transportes da SWAT é limpo e modificado. As vans, ônibus e carros blindados reformados são pintados de preto. Blindagens extras podem ser adicionadas se o veículo for usado para trabalhos táticos, como levar o grupo até uma área perigosa para fazer um ataque. Outros veículos da SWAT são usados como postos de comando móveis e ficam longe da cena do incidente. Grandes trailers também são populares, apesar de caros. A grande vantagem é que possuem um banheiro para o grupo usar em missões muito longas.
 
Para obter informações sobre uma situação, os grupos da SWAT usam muitos tipos de equipamentos de vigilância. Binóculos potentes são muito necessários e
 óculos de visão noturna ou visores oferecem grandes benefícios. Câmeras de imagens térmicas e até mesmo radares permitem que a polícia saiba a localização de pessoas em um ambiente escuro, em meio a fumaça ou neblina densa e algumas vezes através de paredes. Uma variedade de pequenas câmeras e microfones podem ser usados para obter informações de maneira secreta sobre as ações e condições dos suspeitos e dos reféns. 
Um membro da SWAT não requer só armas e outros equipamentos - as táticas também são muito importantes.
Táticas e planos
Teoricamente, os membros da SWAT não se consideram soldados paramilitares, mas sim oficiais da paz. Isso entra em conflito com a agressividade e táticas violentas muitas vezes usadas por eles, mas em qualquer chamado da SWAT se espera que ninguém seja machucado ou morto sem necessidade. O que inclui reféns, inocentes, oficiais e até mesmo os criminosos. As táticas da SWAT são usadas para intimidar e confundir. O uso de força mortal é o último recurso.
Um trabalho típico da SWAT começa quando membros do grupo saem para patrulhar, treinar ou fazer algum outro trabalho policial. É possível que ouçam no rádio da polícia sobre um incidente que pode exigir a ajuda da SWAT. Nesse momento, eles ainda não receberam um comando formal para reunir o grupo, mas podem começar a preparar seus equipamentos e ir para a central de polícia, se não estiverem no meio de algo que não possa ser interrompido. O procedimento oficial para chamar o grupo SWAT varia de um departamento para o outro, mas geralmente um policial do alto escalão fará o chamado. Se mais membros forem necessários, agentes SWAT que estão de folga serão chamados.
O grupo pode levar uma hora ou mais para se preparar. Durante esse tempo, oficiais de patrulha normal vão isolar e vigiar o local do crime. Quando a SWAT chega na central de polícia, é informada sobre a situação antes de carregar o carro. O carro da SWAT transporta o grupo e seus equipamentos, e em muitos casos também é equipado para servir como uma central de comando móvel. Eles usam um veículo ou uma casa próxima como posto de comando, que fica sempre em um lugar seguro e perto da cena do incidente. 
TiroteiosIncidentes como o tiroteio na escola secundária Columbine ensinaram à polícia que algumas vezes não há tempo para pensar em um plano. A antiga doutrina de controlar, conter e negociar poderia custar a vida das pessoas em um incidente conhecido como "tiroteio". Agora, os grupos da SWAT e oficiais de patrulha semelhantes sabem que algumas vezes têm de agir imediatamente. Um exemplo dessa nova doutrina de tiroteio no trabalho aconteceu em dezembro de 2006, quando um homem nervoso e armado com um revólver invadiu um prédio comercial e começou a atirar. Enquanto mantinha um refém sob a mira da arma, o homem foi baleado por um oficial da SWAT de Chicago.
No posto de comando, os líderes do grupo começam a assimilar as informações. Qualquer coisa pode ser útil, inclusive checar os antecedentes do suspeito, o mapa da área, as armas envolvidas, o número e a disposição dos reféns e os motivos em potencial. Nesse ponto, os negociadores entram em contato com o suspeito (se possível) e tentam conseguir mais informações. (Para mais informações sobre negociações de reféns, leia Como funciona a negociação de reféns). Se o grupo SWAT não tiver alguma informação crucial, como a localização específica do suspeito e dos reféns, alguns membros do grupo serão enviados para consegui-la usando equipamentos de vigilância. Essas unidades de reconhecimento geralmente operam em duplas, especialistas em missões secretas. 
Uma coisa que os grupos SWAT aprenderam ao longo dos anos é que atiradores enlouquecidos nem sempre esperam até que a SWAT monte uma estratégia cuidadosamente planejada. O suspeito pode começar a atirar nos oficiais, a matar os reféns ou empreender uma tentativa de fuga. Por isso, os grupos SWAT desenvolvem alguns planos rápidos para eventualidades assim que chegam no local do incidente.
 
Se houver tempo suficiente, o grupo irá formular um plano mais amplo e com base nas informações que obteve. Eles determinarão o local e a hora da entrada, que tática será usada, se haverá grupos separados e outros detalhes. Pode haver etapas preliminares, como fazer um pequeno buraco na parede e usar uma câmera sem lentes para vigiar o suspeito, ou usar uma distração para atrai-lo até um determinado lugar. No caso de uma prisão de alto risco, o grupo SWAT pode passar mais tempo planejando.
 

Conduzindo um ataque
Quando um grupo SWAT começa um ataque, é formada uma fila única conhecida como cobra. Isso diminui o número de membros do time que fica na mira dos suspeitos armados, mas obviamente é perigoso para o oficial na frente da fila. Esse oficial é conhecido como esclarecedor. Seu trabalho é ser o primeiro a entrar em um local desconhecido (depois que, se necessário, outros membros tenham arrombado a porta) e neutralizar qualquer suspeito que aparecer. O esclarecedor é um oficial que muitas vezes deve tomar decisões em milésimos de segundo. Ele está ameaçando alguém com uma arma? O suspeito está com uma arma na mão? Ele é um refém ou um suspeito? Tais decisões são literalmente questões de vida ou morte.
Se você já viu a ação de um grupo fictício da SWAT em um programa de TV, deve ter percebido que, quando entram em um local, cada um dos membros rapidamente fica posicionado ou vigia uma determinada parte do lugar. Isso não é ficção e não acontece por acaso. Cada membro do grupo tem uma Área de Responsabilidade. No instante em que entra no local, cada agente da SWAT começa a vigiar sua Área. Isso é planejado para que os oficiais não atrapalhem uns aos outros e para garantir que o local inteiro seja vigiado o mais rápido possível. No entanto, assim como a defesa de um time de futebol reage a vários jogadores ofensivos, os oficias agem e ajustam suas Áreas de acordo com o que acontece no local.
Quando o grupo SWAT entra no local ou prédio, eles dão um grito ou usam uma "flash bang", uma granada que produz muita luz e barulho. O objetivo é desorientar o suspeito por pelo menos alguns segundos, geralmente o tempo necessário para a SWAT deixá-lo sob a mira das armas e deitado no chão. 
Um grande número de variáveis pode afetar o resultado de um ataque da SWAT. O melhor cenário seria quando o suspeito se rende ou quando fica desorientado pelo tempo necessário para ser imobilizado e algemado pelos oficiais. Aproximadamente 90% de todas as chamadas da SWAT terminam sem que um único tiro seja dado. É claro que os ataques também podem dar errado. Se o suspeito forçar um confronto, pode ser morto pelos oficiais da SWAT. Os oficiais também podem ser baleados e os reféns, atingidos por suspeitos nervosos ou por balas perdidas dos policiais. Os grupos da SWAT treinam para evitar que essas coisas aconteçam.
 
Depois que a situação é resolvida, independentemente do resultado, o trabalho da unidade SWAT ainda não está terminado. Primeiro, existem documentos a serem preenchidos. O mais importante é que todo trabalho da SWAT está sujeito à revisão e avaliação. O grupo discute sobre as coisas positivas e negativas, e usa essas informações para direcionar os treinos e corrigir problemas em chamadas futuras.
Críticas aos grupos SWAT
Apesar de muitos concordarem que unidades com oficiais especialmente treinados e armados são indispensáveis para situações de alto risco, existe a preocupação crescente de que os grupos SWAT são muito agressivos e mal utilizados. Os grupos SWAT são chamados para prender infratores não violentos ou para conduzir ataques baseados em informações recebidas, o que pode fazer que ataquem o local errado. Eles invadem as casas inesperadamente e os moradores, aterrorizados, acabam reagindo em defesa própria. Vários casos de ataques da SWAT resultaram em terror desnecessário, danos à propriedade e mortes: 
·         em uma batida policial em busca de drogas numa escola secundária na Carolina do Sul, oficiais armados da SWAT obrigaram estudantes de 14 anos a ajoelhar ou deitar no chão sob a mira de revólveres enquanto cães farejavam mochilas e armários. Nenhuma droga foi encontrada [Fonte: CNN (em inglês)];
·         em Maryland, um grupo da SWAT invadiu uma casa no meio da noite para prender um adolescente que tinha uma pequena quantidade de maconha. A mãe do adolescente pensou que os invasores eram ladrões e estava com uma arma na mão quando os oficiais da SWAT entraram. Ela foi morta a tiros. [Fonte: The Examiner (em inglês)];
·         um ministro aposentado de 75 anos morreu de infarto quando um grupo da SWAT de Boston o perseguiu e algemou porque atacou o apartamento errado [Fonte: New York Times];
·         um optometrista foi morto por um oficial da SWAT quando o grupo foi chamado para prendê-lo por ter apostado em jogos defutebol [Fonte: Washington Post (em inglês)].
As táticas usadas pela SWAT invariavelmente levam a acusações pelo uso excessivo de força ou processos por mortes indevidas. Embora muitos desses processos sejam resolvidos por quantias não reveladas, os acordos podem ser de milhares de dólares ou até multimilionários. No caso da escola secundária da Carolina do Sul, por exemplo, o departamento de polícia, a cidade e o distrito escolar tiveram de gastar US$ 1,6 milhão.

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